Dos cerca de 20% de alunos que relataram fazer uso de álcool, quase 80% se queixaram de cefaleia. Como o uso de bebida na população jovem tem começado cada vez mais cedo e com maior frequência (entre garotos e garotas de forma semelhante), não é de estranhar que impactos como a cefaleia se mostrem mais comuns. Um dos sintomas da ressaca é justamente a cefaleia. E algumas bebidas (principalmente as fermentadas, como cerveja e vinho) podem ter substâncias que desencadeiam enxaquecas. Aparelhos ortodônticos aparecem como a segunda maior causa de dores de cabeça. Mais de 20% dos alunos usam esse tipo de aparelho. Dores na boca e os frequentes ajustes necessários nesse tipo de terapia poderiam explicar essa relação. Já os que usavam óculos corretivos não tiveram mais dores de cabeça do que os demais.
Garotas se queixaram mais das dores que os meninos. Elas enfrentam duas vezes mais cefaleias do que eles. As flutuações hormonais cíclicas (período menstrual), que se iniciam na puberdade, justamente a fase de vida que os jovens pesquisados vivem, poderiam explicar a diferença. As oscilações dos hormônios sexuais femininos facilitam a ocorrência desse tipo de dor.
Não apareceu na pesquisa uma relação direta da cefaleia com outros hábitos de vida pouco saudáveis como estar acima do peso, não praticar atividades físicas ou dormir pouco. Mas é bom ficar de olho nessas situações, já que outros trabalhos sugerem algum tipo de impacto. Quer saber uma dor de cabeça a menos? Parece não haver relação entre as queixas de cefaleia e as notas obtidas pelo aluno. A desculpa de não ter ido bem na prova porque estava com dor de cabeça não cola. Provavelmente foi falta de estudo mesmo.
Fonte:revistaepoca.globo.com/
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